Um ano como Criador. O que eu enxerguei além da massa?

Isso vai doer um pouco.

Sempre odiei a escala 6x1. Todos os trabalhos que fui contratado não tinham:

• Tempo para pensar.

• Ambiente reflexivo.

• Tempo para descanso e recuperação.

Vivemos num mundo onde muitos empreendedores e pessoas ainda citam frases comuns como: “trabalhe duro”, “trabalhe enquanto eles dormem” ou “f*da-se a motivação, você precisa de disciplina”. Primeiro, as pessoas que criaram um negócio grande realmente trabalharam bastante, mas o diferencial delas para os empregados é que elas venceram com a mente, não com o tempo.

Como diz Freud: “A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade.”

O que diferencia alguém que construiu riqueza de outra pessoa com uma mentalidade medíocre?

• Medíocre: ganha dinheiro → “vamos curtir a vida” → se ilude → gasta com bobagens → esquece que precisa reinvestir → quer impressionar os outros → nunca muda a mentalidade.

• Riqueza: ganha dinheiro → reinveste → guarda a maior parte → estuda → pensa em formas de alavancar o que ganhou.

A primeira coisa que fiz quando faturei meus primeiros 6 dígitos foi voltar para o meu quarto, ligar o ar, agradecer a Deus, abrir o computador, colocar uma música e voltar a pensar. A vida não para, meu Criador.

Números, fama e sucesso apenas nos iludem. APENAS ILUDEM. Aqui mora o nosso chamado EGO.

Quando comecei a fazer networking com pessoas fodas da internet e a ganhar grana, surgiram “amigos” que estavam sumidos quando eu estava na merda. Apareceram pessoas superficiais querendo me conhecer. Eu estava feliz com tudo isso. Mas um dia, deitado no fundo da minha casa olhando as estrelas, falei:

Deus, a vida é realmente isso? Me dê clareza mental para não me iludir com essas coisas.

Eu quero continuar cercado por pessoas inteligentes, verdadeiras e puras. Não quero viver na superficialidade. Não quero ser feliz com mais seguidores. Não quero que o dinheiro me corrompa. Quero ser feliz com o simples, como sempre fui:

• Rodeado de pessoas que realmente me amam.

• Valorizando minha família.

• Lendo muito.

• Praticando esportes.

• Meditando bastante.

Muitos veem o dinheiro como um fim, e não como um meio. “Quando eu ficar milionário...”

Confie em mim: o tempo e o dinheiro só vão amplificar quem você já é.

O que você faz hoje será refletido no futuro. Criar uma pílula mágica de emagrecimento não muda muita coisa. Dar um milhão para alguém medíocre também não. O buraco é mais embaixo: quem essa pessoa escuta, com quem anda, o que consome?

A maioria não está pronta para assumir responsabilidades. Elas preferem depender de um chefe, ter um salário fixo, acreditar em um político ou culpar um nutricionista por não emagrecer.

Como diz David Goggins: “Tudo começa e termina na mente.”

O Ego grita quando as coisas boas começam a dar muito certo. Faz você se achar melhor que os outros porque ganha mais ou sabe mais. Mas você não é. Eu sou bom em escrever, mas o cara que está passando agora na minha rua é melhor em construir uma casa. F*da-se que eu ganho mais dinheiro. Um dia posso precisar dele.

Por muito tempo, o Ego me fez esquecer as pequenas coisas. Eu esquecia de beijar minha mãe e cuidar da minha irmã.

O desenvolvimento pessoal pode te tornar muito frio. Você lê ‘Mais esperto que o diabo” e começa se achar mais “foda” que os outros. Mas, sem espiritualidade, sem entender a si mesmo, nada disso faz sentido.

Hoje estou vivendo a fase espiritual mais forte da minha vida. Eu me arrepio ao escrever isso. Não tento mais controlar tudo. Faço o que precisa ser feito e entrego o resto. Se não gostarem, fodasse. Vamos para o próximo. Isso traz paz.

Se você está no começo da sua jornada, sinta a dor. Ela é necessária. Perder amigos, largar um emprego ou um relacionamento faz parte do crescimento.

Para finalizarmos a reflexão de sábado, vou trazer três insights que me identifiquei de Ryan holiday em seus livros.

1- Lembre-se do que realmente importa.

O especialista em luto e perda, David Kessler, passou anos ao lado de pessoas à beira da morte. Uma das histórias mais marcantes que ele compartilhou foi durante os últimos momentos de vida de alguém. Cercado por amigos e familiares, um dos presentes perguntou se a pessoa queria ver seu carro novo, estacionado na garagem. A resposta foi simples: “Não, eu não me importo.”

David refletiu sobre isso depois: “Quão ridículo é esse conceito de repente? Você percebe que tudo o que achávamos que nos faria felizes ou nos definiria... não significa nada. Nada. O que importa são as pessoas, o amor, todo o resto.”

Essa é uma lição poderosa. No final, o que nos resta é o que construímos com os outros — as conexões reais, não as coisas.

2- Apaixone-se pelo momento.

O Dr. Michael Gervais, um dos maiores psicólogos de desempenho do mundo, tem um antídoto poderoso contra a ansiedade: se apaixonar pelo presente.

“Em vez de ficar ansioso, protetor, tentando controlar as coisas, você pode simplesmente se apaixonar por estar aqui, vivendo este momento?”

Muitas vezes, ignoramos o presente. Ficamos presos ao passado ou ansiosos com um futuro que ainda não chegou — desejando ou temendo algo que nem existe. Mas, se você aprender a cuidar de cada momento, sentirá uma leveza imediata. É um estado que pode estar disponível o tempo todo, se você conseguir sair da sua própria cabeça.

3- Seja um 'cara comum'.

Buzz Williams, treinador de basquete do Texas A&M, trouxe uma perspectiva poderosa sobre a consistência. Ele falou sobre a ideia de ser um "cara comum" no dia a dia:

"Seja lá o que você esteja tentando fazer, você é forte o suficiente para fazer isso todos os dias?", ele pergunta. "Se você está baseando isso no talento, bem, em algum momento ele pode prevalecer, mas nem sempre. E então, se você remove o talento, tudo se resume à consistência, disciplina e como você está gastando seu tempo."

A mensagem é clara: não é sobre momentos de brilhantismo, mas sobre aparecer e fazer o que precisa ser feito, dia após dia. É a soma dos pequenos esforços consistentes que realmente conta.

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